Putin reage a declarações da Otan e prepara armas nucleares

O presidente russo Vladimir Putin mandou o exército preparar forças nucleares no fim da manhã deste domingo (27). A decisão foi uma reação ao que considerou declarações ofensivas por parte de alguns membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

Durante pronunciamento na TV estatal, o russo aproveitou para convencer a população de que a agressão é mútua.

“Como vocês podem ver, países do Ocidente não só tomam medidas não amistosas contra nós na dimensão econômica. Eu me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país. Dessa forma, comando ao ministro da Defesa para que as forças de deterrência do país estejam de prontidão”, afirmou.

A preocupação de Putin é com o risco de a militarização da Ucrânia, por meio da Otan (composta por 30 países membros, não incluindo a Rússia). Para ele, isso representaria uma ameaça ao seu país e, então, se baseia nesse argumento para justificar os ataques com mísseis iniciados nesta quinta (24).

A  aliança entre os integrantes seria uma avanço do ocidente no leste europeu e se fundamenta no apoio para defesa, o que poderia reforçar o poder bélico da Ucrânia contra os russos. Por isso, nesta semana ele ameaçou a Finlândia e a Suécia, caso entrem para a Otan e apoiem o país alvo. “Quem interferir levará a consequências nunca antes experimentadas na história”, declarou.

Neste domingo (27), quarto dia de invasão russa, soldados invadiram Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, localizada a 400 quilômetros da capital Kiev. Eles explodiram um gasoduto de gás natural e ainda atingiram um depósito de lixo radioativo com um míssil. As cidades de Kherson, no sul, e Berdyansk, no sudeste, foram bloqueadas pelo inimigo.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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