Saiba como vai funcionar o ônibus elétrico em Goiânia

Saiba como vai funcionar o ônibus elétrico em Goiânia

Em junho, Goiânia deve receber o primeiro ônibus totalmente elétrico. Os usuários da linha do Eixo Anhanguera terão a visão do tradicional veículo articulado, mas, por dentro, as mudanças são relevantes. A tecnologia empregada impacta menos o ambiente devido à redução da emissão de gases poluentes e o barulho alto do motor é coisa do passado.

A experiência dos goianos com a nova proposta de transporte público deve ser mais próxima da modernidade. No interior do ônibus existem pontos de recarga de celular e internet wi-fi. Além disso, o veículo oferece uma comodidade muito importante para uma cidade com temperaturas tão elevadas quanto Goiânia: ar-condicionado.

Para os motoristas, a direção vai ficar mais eficiente. Em vez de retrovisores externos e internos, eles terão seis câmeras de alta definição com duas delas com infravermelho para enxergarem pontos cegos e facilitar manobras. Há ainda sensores de segurança nas portas para evitar acidentes no embarque e desembarque das pessoas.

Outra comodidade interessante e contemporânea ao atual momento de pandemia está relacionada à higienização do ar no interior do veículo, que pode transportar até 170 passageiros, sendo 59 sentados, com espaço reservado para cadeirantes. O fluxo de ar receberá ondas de ozônio e eletromagnéticas para matar bactérias e o vírus em suspensão.

Essas alterações significativas têm um preço, porém eles não serão repassados aos usuários do transporte coletivo. Segundo o governo do estado, os custos serão arcados pelo erário. A tarifa neste ano foi mantida em R$4,30, embora estudos técnicos apontem que o valor com o sistema atual, sem as novidades tecnológicas, deveria ser de R$7. A viagem na linha permanece gratuita para estudantes, idosos e pessoas com deficiência.

O veículo foi lançado ontem, segunda (17), pelo governador Ronaldo Caiado. Ele percorreu algumas ruas da capital dentro do ônibus ao lado de outros passageiros e aprovou o teste do serviço de transporte. Para fazer jus ao salto de qualidade físico e estrutural, os terminais e o trecho por onde a linha passa também passarão por reforma e adequações.

Testes e avaliações de viabilidade técnica e econômica estão sendo realizados para posterior substituição da frota com 100 veículos a partir do fim do primeiro semestre deste ano. Os novos ônibus aumentarão a quantidade atual de veículos rodando na linha, que é de 86, em seus 14 quilômetros de extensão ligando as regiões leste e oeste da capital.

O Eixo Anhanguera vem passando por uma modernização há algum tempo. O pagamento da passagem agora incluiu o cartão de débito como pagamento nas máquinas de autoatendimento para a compra de créditos para recarga dos bilhetes utilizados nos transportes da cidade.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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