Torres nega vazamento de informações sobre operação da PF a Bolsonaro

Torres nega vazamento de informações sobre operação da PF a Bolsonaro

O suposto alerta do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao presidente Jair Bolsonaro de que haveria uma operação da Polícia Federal (PF) foi negado pelo titular da pasta na tarde deste domingo (26). As suspeitas começaram com a divulgação de conversas telefônicas em que o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse à filha que o chefe do Executivo teve um pressentimento sobre o assunto justamente no dia de uma viagem com Torres ao exterior.

“Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o presidente para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF. Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa”, postou. A data da ligação por telefone e do voo coincidem em 09 de junho. Ribeiro, dois pastores e dois servidores públicos foram presos na última quarta (22) por esquema de desvio de verbas federais da educação e liberados no dia seguinte.

Para esclarecer se houve influência de Jair Bolsonaro, o Ministério Público pediu autorização do Supremo Tribunal Federal para apurar o caso. O advogado do presidente, Frederick Wassef, descartou qualquer interferência. Na madrugada deste domingo (26), um dos pastores que estaria envolvido no chamado gabinete paralelo, Gilmar Santos, disse que a ação da PF tem cunho espiritual por ser uma guerra contra o evangelho e contra a família.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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