Vídeo: Adolescente trans é agredida em escola de Mogi das Cruzes, em São Paulo

Nesta quinta-feira (10), um vídeo chamou a atenção na internet por conta de uma agressão em uma escola de São Paulo. O vídeo mostra a jovem levando socos de vários garotos nos corredores da escola de Mogi das Cruzes. A jovem de 16 anos já registrou um boletim de ocorrência.

O caso da agressão

Segundo o registrado no boletim de ocorrência, a confusão se iniciou após os meninos da sala arremessarem bolacha na amiga da jovem. Os jovens ainda haviam disparado ofensas raciais contra a amiga da jovem que é afrodescendente, a chamando de “cabelo duro”.

A jovem teria pedido para os alunos pararem e, após o pedido não ser respeitado um copo foi arremessado na moça. Depois do ocorrido, a jovem foi tirar satisfação com os meninos quando foi agredida por cerca de 10 meninos.

“Começou com soco, com chute. Tentei me defender, tentei me esquivar daquilo. Depois me tranquei numa sala. Tentaram abrir a porta para me pegar lá dentro e nós não deixamos barato”, afirma a adolescente trans.

A mãe da jovem falou sobre a insegurança de frequentar a escola novamente. Segundo relatado por ela e pela mãe, há uma insegurança de sair da sua própria residência, visto que além da agressão a filha foi ameaçada pelos alunos também.

“Ela está acuada. Não quer sair. Está com medo, porque ameaçaram de pegar ela lá fora também. Eu não sei o que vai acontecer se ela sair para a rua, porque as pessoas são traiçoeiras também. Não sei o que está acontecendo, o pensamento deles”, destaca a mãe da jovem agredida.

No limite

Segundo a mãe da adolescente, esse caso de agressão foi mais um dos diversos que já aconteceram com a filha na escola. Após sete dias de ano letivo, a mãe conta que as agressões do último dia 9 foi o limite para elas.

“Ontem chegou no limite. Foram 10 pessoas que bateram nela. Ela ficou nervosa e acabou que ela também foi pra cima das pessoas. Ela falou que não estava aguentando mais, aí ela estourou. Tudo isso já vem acontecendo um tempo”, afirma a mãe.

Após falar que soube da situação por conta dos vídeos que circularam na internet, a mãe desabafa ao falar da transfobia sofrida da filha.

“Eu estou acabada. A gente nunca pensa que vai acontecer com os filhos da gente. Quando acontece, você fica sem chão, não sabe o que fazer. Tem que falar mesmo, sair botando as caras e falando, pra ver se, pelo menos, ameniza”, desabafa a mãe da adolescente.

Confira o vídeo que circula nas redes sociais:

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp