Como de costume no inverno, o tempo deve ficar firme ao longo do final de semana. Porém, de acordo com previsão do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), uma frente fria vai atingir a região Sul e Sudeste do estado causando zonas de instabilidade, ou seja, chuva. A previsão é que as pancadas de chuvas rápidas ocorram na terça-feira, 9.
“De segunda pra terça nós temos um prognóstico para chuvas para o Sudoeste goiano, Jataí, Rio Verde… E para o Sul goiano também”, explicou André Amorim, gerente da Cimehgo.
Neste período, as temperaturas em quase todo o estado devem baixar, deixando o clima mais agradável. No entanto, a frente fria deve ficar em Goiás apenas durante a segunda e a sexta-feira, 12. Portanto, a população não deve baixar a guarda em relação a baixa umidade do ar.
“Apesar de serem dois dias de chuvas, volta-se à estaca zero novamente. Dá uma aliviada, mas a gente retorna com os nossos problemas do período de estiagem. Porque o período de estiagem não para, ele dá uma trégua”, ressaltou André.
Vale ressaltar que a região Centro-Norte de Goiás está com mais de 100 dias sem chuvas. E de acordo com a Cimehgo, a situação só deve mudar em outubro, início da primavera.
Previsão do tempo
Em entrevista ao Diário do Estado, o gerente da Cimehgo, André Amorim, disse que para este final de semana a previsão é de temperaturas amenas pela manhã, com elevação ao longo do dia. Já a umidade relativa do ar sofre um declínio durante a tarde.
“Podem ficar atentos, as temperaturas ficam mais agradáveis, mas a gente ainda tem até o final da semana sol e mais sol para todo o estado de Goiás. Ai só na semana que vem que nós teremos uma leve mudança (frente fria)…”, afirmou André Amorim.
Veja a previsão do tempo para alguns municípios durante o final de semana:
Goiânia
T: Min 16ºC Máx 33ºC
Chuva: 00mm
Ar: Min 18% Máx 70%
Itumbiara
T: Min 17ºC Máx 34ºC
Chuva: 00mm
Ar: Min 17% Máx 70%
Cristalina
T: Min 13ºC Máx 29ºC
Chuva: 00mm
Ar: Min 20% Máx 70%
Anápolis
T: Min 16ºC Máx 29ºC
Chuva: 00mm
Ar: Min 24% Máx 70%
Rio Verde
T: Min 15ºC Máx 32ºC
Chuva: 00mm
Ar: Min 18% Máx 70%
Catalão
T: Min 18ºC Máx 32ºC
Chuva: 00mm
Ar: Min 19% Máx 70%
Emergência ambiental
O governo de Goiás decretou nesta quarta-feira, 3, situação de emergência ambiental no estado por 120 dias. A decisão é uma medida preventiva no combate aos incêndios florestais que todos os anos consomem grandes áreas do Bioma Cerrado e provocam danos ao meio ambiente, principalmente durante o período de seca.
Enquanto o decreto estiver em vigor fica proibido, em todo o território estadual, o uso de fogo em vegetação, ressalvados os casos expressamente autorizados pela Semad.
O texto também recomenda, além das medidas implementadas pelo estado, aos municípios goianos a adoção de medidas para a proibição do uso de fogo como forma de limpeza da vegetação ou eliminação dos resíduos sólidos ou detritos. Mesmo com todo o trabalho de conscientização e a disseminação de informação, ainda é comum pessoas atearam fogo no lixo doméstico ou descartar cigarros às margens das rodovias.
Seca contribui para incêndios
Estudos realizados pelo Cimehgo indicam permanência de tempo seco, amplitude térmica e baixa umidade relativa do ar em todas as regiões goianas. Prognósticos são elaborados por meio da Sala de Situação de Monitoramento de Riscos e Desastres Naturais, local onde os técnicos da Semad monitoram o clima, a qualidade da água e do ar, os riscos de queimadas, a segurança hídrica em bacias críticas, entre outros serviços.
André Amorim explica que nesta época do ano a vegetação do bioma Cerrado funciona como excelente combustível, o que aumenta o risco de incêndios florestais. “Somado a isso, clima seco, altas temperaturas e baixa umidade aumentam a ocorrência de focos de queimadas”.
O gerente da Cimehgo também ressalta que os incêndios causam danos irreparáveis ao meio ambiente e à economia. Além de ocasionar riscos à saúde da população.
“As pessoas acham que é apenas colocar fogo, virou cinza e acabou. E não. Não para naquela cinza. Isso vai desde a extinção de animais, da fauna, na flora, prejudica as nossas águas…”, explicou Amorim.
Além disso, reforça que as queimadas impactam diretamente a qualidade do ar. “Esse horizonte cinza nada mais é, que o acúmulo de fumaça das últimas queimadas.”
Confira a entrevista no Youtube: