Familiares do jovem congolês Moise Kabamgabe, de 25 anos, morto a pauladas e a golpes de taco de beisebol em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio, pedem justiça pela morte do jovem. A família quer que seja feita uma apuração religiosa pela Delegacia de Homicídios da capital carioca que investiga o caso. Moise nasceu no Congo, na África, e trabalhava por diárias no quiosque em que foi assassinado.
Segundo a mãe da vítima, Ivana Lay, o responsável pelo quiosque estava devendo dois dias de pagamento para Moïse, que acabou sendo espancado até a morte após cobrar o pagamento pelos seus serviços.
“Meu filho cresceu aqui, estudou aqui. Todos os amigos dele são brasileiros. Mas hoje é vergonha. Morreu no Brasil. Quero justiça”, afirmou.
O irmão do congolês também se pronunciou dizendo que o irmão era trabalhador e que a justiça tem que ser feita.
Enterro
O corpo do jovem foi enterrado no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio, no domingo (30). O sepultamento foi marcado por protestos. Moïse veio para o Brasil em 2014 com a mãe e os irmãos, como refugiado político, afim de fugir da fome e da guerra civil do Congo.
“Uma pessoa de outro país que veio no seu país para ser acolhido. E vocês vão matá-lo porque ele pediu o salário dele? Porque ele disse que estão o devendo?”, questionou Chadrac Kembilu, primo de Moïse durante o enterro.
Morte
Moïse apanhou de 5 homens que, segundo testemunhas, usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. As agressões teriam durado pelo menos 15 minutos. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida.
Confira o vídeo do desabafo de um familiar:
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