Vídeo: Entenda motivo da soltura de médico que se negou a atender delegado em Cavalcante

A justiça soltou nesta sexta (28) o médico que se teria se recusado a prestar atendimento prioritário a um delegado de Cavalcante. Fábio França recebeu a ordem de prisão de Alex Rodrigues após ter testado positivo para covid e procurado o profissional de saúde para detalhes em relação ao de quadro de saúde. Fábio estava detido desde a noite de quinta (26).

“Todos devem ser iguais, temos protocolos, temos todos os critérios que é para ser feito dentro das unidades e temos que cumprir isso”, afirmou o médico na saída da delegacia. Na decisão do juiz Fernando Oliveira Samuel pelo relaxamento da prisão, a situação teria ocorrido por insatisfação do delegado.

“Ao que parece, realmente pode ter abusado de suas funções públicas usando do cargo que ocupa para dar vazão a uma insatisfação quanto ao atendimento realizado anteriormente”, argumenta o magistrado. Ele pediu apuração de eventual “falta funcional” pela Corregedoria da Polícia Civil.

Se configurado abuso de autoridade, o delegado pode ter de indenizar a vítima por possíveis danos causados pelo crime, ficar inabilitado para o exercício de cargo, mandato ou função pública de um a cinco anos e perder o cargo.

Entenda

A confusão começou pela manhã do dia da prisão quando Alex teria exigido que o médico prestasse atendimento prioritário a ele e interrompesse uma consulta em andamento com outro paciente. Alegando questões de ética profissional, Fábio não atendeu à solicitação e horas mais tarde dois agentes de polícia e o próprio delegado retornaram à unidade de saúde para prender o profissional.

A Polícia Civil informa por meio de nota que as acusações são de desacato, crimes de exercício irregular da profissão, resistência, desobediência, ameaça e lesão corporal. A corporação alega que o médico estaria agindo com insegurança por não estar atuando ilegalmente na profissão.

“Realizados levantamentos técnicos acerca do registro profissional do suposto médico, Fábio França, constatou que o registro do médico junto ao Conselho Regional de Medicina de Goiás estava cancelado”, afirma a assessoria. O delegado teria ido até a unidade de saúde para esclarecer os fatos, mas o profissional teria ofendido Alex no consultório.

A ausência do registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) constatada na delegacia não configura exercício ilegal da Medicina porque Fábio França atua dentro do programa Mais Médicos, do governo federal, o que dispensa essa exigência. A situação regular para atuação dele foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de Cavalcante.

De acordo com a pasta, ele atua como médico no município desde 2016. “É bastante querido pela população e colegas de trabalho e não há nenhum registro que desabone a sua conduta até o momento”, informa a SMS. “Parte das ações a serem tomadas a seguir são de decisão pessoal do profissional que terá apoio da Prefeitura tanto em sua defesa e caso deseje registrar ocorrência em face dos atos da autoridade policial”, completa.

Arbitrariedade

Testemunhas e a população local acusam o delegado de arbitrariedade e pedem justiça. Eles pedem a transferência da autoridade policial. A ação dos agentes envolvidos na prisão do médico será investigada pelo Ministério Público para identificar eventual crime praticado. Alex é o delegado responsável pelo inquérito que apura a chacina de quatro pessoas por policiais civis no município em 20 de janeiro.

Assista a manifestação que ocorreu hoje em Cavalcante pela soltura do médico e afastamento de delegado:

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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