PF investiga grupo suspeito de cometer fraude de 3,6 milhões de euros contra banco da Espanha

PF investiga grupo suspeito de cometer fraude de 3,6 milhões de euros contra banco da Espanha

Foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira,30, uma operação que investiga as ações de um grupo suspeito de praticar fraude contra o banco espanhol Caixa Bank. De acordo com as apurações, o prejuízo à entidade foi de 3,6 milhões de euros, o que corresponde a cerca de R$20 milhões.

As análises da investigação evidenciaram que para cometer as fraudes, os suspeitos usavam um “malware” – software programado para prejudicar computadores – para conseguir acessar os aparelhos dos clientes do banco. Assim, de acordo com a PF, os criminosos furtavam os valores de maneira online.

Segundo informações do G1, o malware “era instalado nos computadores das vítimas por meio de envio de e-mails contendo mensagens maliciosas que as induziam a acreditarem que se tratava de informações oficiais como, por exemplo, intimações judiciais, cobranças de faturas vencidas, notas fiscais”.

O portal também informou que “quando as vítimas clicaram nos anexos ou no link dentro dos e-mails enviados pelos suspeitos, o programa malicioso operava nos computadores sem que as vítimas percebessem.

Cinco mandados de prisão temporária foram aplicados pelos agentes e 13 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Pará, Goiás e Mato Grosso, além de serem cumpridas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de valores e bens.

A PF também descobriu que todo o valor que estava sendo desviado pelos suspeitos caíam em contas “emprestadas” por terceiros envolvidos no crime. Os suspeitos seguem investigados por associação criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético, invasão de dispositivo informático e lavagem de dinheiro.

 

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MP do TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e outros militares

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu na última sexta-feira, 22, a suspensão do pagamento dos salários de 25 militares ativos e da reserva do Exército que foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado.
 
Entre os militares citados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, um capitão reformado que recebe um salário bruto de R$ 12,3 mil, o general da reserva Augusto Heleno, com um salário de R$ 36,5 mil brutos, o tenente-coronel Mauro Cid, que ganha R$ 27 mil, e o general da reserva Braga Netto, com um salário de R$ 35,2 mil.
 
Lucas Furtado argumentou que o custo dos salários desses militares é de R$ 8,8 milhões por ano. “A se permitir essa situação – a continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos – o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado para instaurar uma ditadura”, afirmou o subprocurador.
 
Além da suspensão dos salários, Furtado também pediu o bloqueio de bens no montante de R$ 56 milhões de todos os 37 indiciados pela PF. Essa medida visa cobrir os prejuízos causados pelos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que totalizam R$ 56 milhões, conforme estimado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
 
“Por haver esse evidente desdobramento causal entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, considero que a medida cautelar também deve abranger a indisponibilidade de bens”, completou Furtado.
 
O pedido inclui ainda a extensão da medida de suspensão de qualquer pagamento remuneratório aos outros indiciados que recebam verba dos cofres públicos federais, incluindo do Fundo Partidário. O processo para avaliar a suspensão dos salários ainda não foi aberto pelo TCU.

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