Diretor responsável por denúncias da Caixa é encontrado morto em Brasília

Diretor responsável por denúncias da Caixa é encontrado morto em Brasília

O diretor de Controles Internos e Integridade (DECOI) da Caixa Econômica Federal, Sérgio Ricardo Faustino Batista, de 54 anos, foi encontrado morto na sede do Banco, em Brasília. O corpo foi localizado na noite desta terça-feira, 19, por um vigilante.

Sérgio era o responsável por encaminhar todas as denúncias recebidas pelo canal de atendimento criado pela instituição financeira. Inclusive, as que levaram à queda do ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual.

A princípio, a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) registrou a morte do bancário como suicídio. No entanto, o caso será investigado. Por meio de nota, a Caixa manifestou pesar pelo falecimento do funcionário e afirmou que irá contribuir com as apurações do fato.

Sérgio Ricardo Faustino Batista trabalhava na instituição desde 1989 e assumiu a Diretoria de Controles Internos por meio de um processo seletivo em março deste ano.

As denúncias contra o até então presidente do banco chegaram a Batista em maio. De acordo com a instituição, o celular dele está em posse da PC-DF. O objetivo é realizar uma perícia no aparelho para descortinar as possíveis causas da morte, além de buscar conversas recentes entre o Batista e Guimarães.

Denúncias de assédio sexual contra ex-presidente da CEF 

As denúncias de assédio sexual de funcionárias contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, estão na mira também do Tribunal de Contas da União (TCU).

O colegiado abriu a investigação atendendo pedido do Ministério Público de Contas feito pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado.

Desde quando o caso foi divulgado, foram registradas pelo menos 10 denúncias de assédio envolvendo dirigentes da CEF. O assunto foi tema de uma reportagem especial divulgada pelo Fantástico da TV Globo do último domingo.

Os servidores que aprecem na reportagem relatam que a gestão de Pedro Guimarães foi “autoritária e contaminou as relações na empresa”.

E os desdobramentos do caso não param. O Ministério Público do Trabalho também já se manifestou sobre a situação. O órgão pretende fazer uma inspeção “surpresa” na presidência da CEF ainda nesta segunda-feira (4).

As primeiras denúncias de assédio sexual e moral provocaram a saída do ex-presidente Pedro Guimarães do comando do banco, ainda no início da semana passada. Já na sexta-feira (1º), foi a vez do considerado número 2 da instituição, Celso Leonardo, pedir demissão do cargo na CEF. Seu nome também aparece nas denúncias das vítimas.

Após os desdobramento do caso, Daniella Marques já foi nomeada como a nova presidente do banco público. Está previsto para o início dessa semana a indicação dos novos dirigentes que atuarão ao lado de Daniella na instituição.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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