Última atualização 20/07/2022 | 11:09
O diretor de Controles Internos e Integridade (DECOI) da Caixa Econômica Federal, Sérgio Ricardo Faustino Batista, de 54 anos, foi encontrado morto na sede do Banco, em Brasília. O corpo foi localizado na noite desta terça-feira, 19, por um vigilante.
Sérgio era o responsável por encaminhar todas as denúncias recebidas pelo canal de atendimento criado pela instituição financeira. Inclusive, as que levaram à queda do ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual.
A princípio, a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) registrou a morte do bancário como suicídio. No entanto, o caso será investigado. Por meio de nota, a Caixa manifestou pesar pelo falecimento do funcionário e afirmou que irá contribuir com as apurações do fato.
Sérgio Ricardo Faustino Batista trabalhava na instituição desde 1989 e assumiu a Diretoria de Controles Internos por meio de um processo seletivo em março deste ano.
As denúncias contra o até então presidente do banco chegaram a Batista em maio. De acordo com a instituição, o celular dele está em posse da PC-DF. O objetivo é realizar uma perícia no aparelho para descortinar as possíveis causas da morte, além de buscar conversas recentes entre o Batista e Guimarães.
Denúncias de assédio sexual contra ex-presidente da CEF
As denúncias de assédio sexual de funcionárias contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, estão na mira também do Tribunal de Contas da União (TCU).
O colegiado abriu a investigação atendendo pedido do Ministério Público de Contas feito pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado.
Desde quando o caso foi divulgado, foram registradas pelo menos 10 denúncias de assédio envolvendo dirigentes da CEF. O assunto foi tema de uma reportagem especial divulgada pelo Fantástico da TV Globo do último domingo.
Os servidores que aprecem na reportagem relatam que a gestão de Pedro Guimarães foi “autoritária e contaminou as relações na empresa”.
E os desdobramentos do caso não param. O Ministério Público do Trabalho também já se manifestou sobre a situação. O órgão pretende fazer uma inspeção “surpresa” na presidência da CEF ainda nesta segunda-feira (4).
As primeiras denúncias de assédio sexual e moral provocaram a saída do ex-presidente Pedro Guimarães do comando do banco, ainda no início da semana passada. Já na sexta-feira (1º), foi a vez do considerado número 2 da instituição, Celso Leonardo, pedir demissão do cargo na CEF. Seu nome também aparece nas denúncias das vítimas.
Após os desdobramento do caso, Daniella Marques já foi nomeada como a nova presidente do banco público. Está previsto para o início dessa semana a indicação dos novos dirigentes que atuarão ao lado de Daniella na instituição.