Nesta sexta-feira,05, a Coreia do Norte disparou mais de 200 tiros perto da divisa marítima entre a Coreia do Sul. Os habitantes das ilhas sul-coreanas de Yeonpyeong e Baengnyeong foram instruídos pelos militares locais a fugirem para abrigos antiaéreos durante os disparos.
Segundo o exército da Coreia do Sul, a atitude do país rival não trouxe danos civis ou militares à região, que é composta por 2.000 habitantes, próxima à capital, Seul, a cerca de 120 km. O ministro da Defesa sul-coreano, Shin Won-sik , classificou o episódio como “um ato de provocação que aumenta a tensão e ameaça a paz na península coreana”.
O ministério de Defesa ainda disse que as brigadas de fuzileiros navais norte-coreanos iniciaram os disparos contra o mar ao sul da fronteira da Linha Limite do Norte (NLL), como uma “resposta operacional esmagadora”, fazendo as forças militares sul-coreanas operarem em exercícios com artilharia mecanizada e tanques.
Vale ressaltar que a Coreia do Sul realiza monitoramentos constantes dos movimentos norte-coreanos de Pyongyang com a parceria dos Estados Unidos. A China, aliado do norte, se pronunciou pedindo por um diálogo entre as duas nações.
Líder norte-coreano, Kim Jong-un, quer ‘acelerar’ preparativos para guerra
Depois de afirmar que o país não hesitaria em iniciar um ataque nuclear em caso de “provocação” com armas atômicas, o Líder norte-coreano, Kim Jong-un exigiu ao seu partido que os preparativos da guerra fossem acelerados segundo a agência de notícias oficial KCNA.
O desejo do político que discutiu o assunto durante uma reunião plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia, na qual se estabelecem as decisões políticas a cada ano, é que os diferentes setores como a indústria de material bélico e defesa civil se aprimorem para conter as “ações sem precedentes” por parte de Washington nos Estados Unidos.
De acordo com a KCNA, Kim também disse que Pyongyang expandiria a cooperação estratégica em parceria com países “anti-imperialistas independentes”.
Em meio a onda de testes de armas nucleares do Norte, Coreia do Sul, Japão e EUA intensificaram a parceria militar ainda em 2023 ativando um sistema de compartilhamento de informações em tempo real acerca dos lançamentos dos mísseis norte-coreanos.
Anteriormente, um submarino nuclear dos Estados Unidos havia chegado ao porto sul-coreano de Busan e Washington enviou bombardeios de longo alcance para manobras com Seul e Tóquio.
Essas manobras foram consideradas pela Coreia do Norte como “provocação intencional para que uma guerra nuclear aconteça”.
Satélite de reconhecimento, consagração do estatuto da potência nuclear e testes com o míssil mais poderoso do país foram algumas medidas tomadas pelo Norte em 2023.