// Poder

Naves volta da China e encontra prefeitura mergulhada em crise financeira

Em

Duas viagens internacionais, uma para passear na Disney (Flórida, Estados Unidos) e outra integrando a comitiva liderada pelo governador Ronaldo Caiado na China, atrás de investimentos, afastaram o prefeito Roberto Naves por praticamente um mês da gestão administrativa do dia a dia de Anápolis.

Agora, ao retornar, Naves se depara com um cenário caótico na prefeitura. A redução dos repasses estaduais e federais deixou o caixa municipal raspado. Há pagamentos a empreiteiras, relacionados com obras do programa Anápolis Investe, já em atraso. Fornecedores retiraram equipamentos alugados, como impressoras, dificultando o atendimento do público. A inauguração da ponte estaiada ligando os bairros Polocentro e Morumbi, prevista para o ano que vem, foi adiada.

Pior é que, da viagem à China, Naves voltou de mãos vazias. E ainda teve que admitir um vexame: ao visitar uma grande empresa de logística interessada em se instalar em Goiás, não tinha em mãos dados de Anápolis para ajudar no convencimento dos chineses. Ele foi obrigado a pedir um prazo de 30 dias para, retornando ao Brasil, coletar o material informativo e enviar aos supostos interessados.

Esse foi o único “investimento” discutido durante a viagem do prefeito, que parte para o último ano do seu mandato sem ter captado novos empreendimentos para o município que governa. Somados os períodos cumpridos por ele e pelo seu antecessor Antônio Gomide, do PT, Anápolis está prestes a completar 16 anos sem conseguir ampliar o seu parque industrial, ainda que minimamente. Ao contrário, tem perdido empresas, como a gigante mundial de logística DHL, que se mudou para Aparecida no início deste ano.

Tags: